quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Nada de Super Poderes


Eu não sei fazer quase nada, mas aventuro-me a aprender e apreender tudo. Desconheço como se executa a ação de voar, embora viva com a cabeça – e todo o resto do corpo – na lua. Nem imagino como se dá o “tele transporte”, porém já estive em lugares e situações inimagináveis. E enquanto muitos se satisfazem criando seres super poderosos, eu me realizo tentando, constante e gradativamente, ser alguém melhor. Afinal, o herói não passa de um personagem que os fracos inventaram para tornar suas existências menos dolorosas.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

AOS AMIGOS BAIANOS: Jai, Lio, Lio Gaga, Jó, Tico, Vitão, Pê, Fofo, Bitinha, Lelly, Liginha, Grazi, Dan...

Sei lá. Mas deu vontade de chorar. De gritar. De sumir. De fingir. Da realidade que, na maioria das vezes, parece mentira. Dura. Nua. Crua. Rua... Por onde transitam todos os meus amigos. Aqueles que me fazem enxergar como sou, apesar de me "pintarem" de uma outra maneira. Salto os ladrilhos. Subo nas calçadas. Tropeço. Peço... Para que, se não puderem andar, estejam sempre comigo. Seguindo rumo ao desconhecido. Explorando novos cenários. Escondendo segredos.
São tantos enredos! Incontáveis medos. Impenetráveis situações. Mas pensar que eles existem; que passam por momentos semelhantes é o mesmo que sentir quão bom é viver. Reviver. Rir. Ver.
Não! Definitivamente eu não seria o mesmo se eles não existissem. Se não fizessem de mim alguém supostamente "grande". Eu não teria gás para seguir em frente. Para mergulhar sempre mais fundo. Para ver os corais. Compor os corais. Enfrentar as corais. Pisar firme - ou mesmo nas cabeças das mesmas. Contra o chão. Este que me guia; que nos guia em direção aos declives. Por entre caminhos sinuosos. Pelas veredas inonstantes...
Meus amigos. "Meus caros amigos"! Como é boa esta sensação. De amar e ser amado. De chorar e ser consolado. De andar e saber que, no tempo certo, se chegará, portanto. Por tanto! Eu só agradeço. Amo. E me emociono, bobo. Desorientado. Mas sempre em movimento... Porque sei que há uma estrada para a partida, através da qual torna-se viável o retorno.



Eu tenho amigos que nem sabem que o são...

domingo, fevereiro 07, 2010

Faz-se Necessário um Pouco de Causticidade

"O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós."
(Jean Paul-Sartre)

Hoje executarei dois atos dos quais não gosto muito. O primeiro é escrever em "primeira pessoa". O segundo é evidenciar meu menosprezo e repulsa pela opinião alheia. Principalmente quando a mesma parte de indivíduos maquiados. Que se escondem atrás de seus mundinhos de "faz-de-conta", embora eu saiba que, se um balde de água for jogado, toda a tinta escorrerá, mostrando a podridão que há por trás do disfarce. Tolos! Todos!
Lastimável pensar que dedicam parte significativa de suas insignificantes vidas a falar mal do próximo - e do distante também. Destinam suas horas num negócio que favorece o ÓDIO. Afetam o EGO. Comprometem o CIO. Não o meu, mas o de vocês, animais, que, com suas ignoradas ações, salientam sua irracionalidade. E quer saber? Por vezes é bom - bom não, misericordioso - dedicar um espaço a esses pobres coitados que desonhecem a efemeridade da vida; que, com suas próprias e inabilidosas mãos, deixam a existência escoar, líquida e fria, por entre seus dedos. Estes que apontam as falhas de outrem para omitir suas ações malsucedidas. Os sonhos NUNCA alcançados. Suas más resoluções internas que se traduzem na maneira como conduzem seu modo de viver; de ver; dever. Verde. Musgo. Gosmento e frio, assim como o são, em essência. Sem ciência. Ou consciência de quem são ou do que fazem.
No fim, então, presumo que pouco - ou NADA - importa o julgamento/conceito/preceito/preconceito dos outros. Os seres são demasiadamente contraditórios e, portanto, torna-se inviável satisfazer suas necessidades. A mim basta ter em mente, com força e vigor, as vertentes daquilo que é autêntico e veraz.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Ciclo Vicioso


Às vezes presumo que vagar seja o meu destino. Embora, ao chegar, eu não tenha lugar para o qual possa me dirigir. Ainda que, durante a locomoção, eu permaneça no mesmo local. Passam-se horas; dias; meses; muitos anos. E aprece que só o que mudou foram as rugas e as fases da vida a que todo o ser humano está fadado. Como se as conquistas e os sonhos se afastassem consideravelmente, cada vez que um novo passo é dado. Todavia, pior que andar é ficar parado.
Uma coisa é certa, portanto: este ano hei de descobrir uma maneira de me livrar dessa esteira em potencial que faz de mim um "ratinho de laboratório". Desses que ficam presos, esperando pela hora em que serão alvo de um experiência e, em seguida, descartados.
Encontrarei uma maneira de fugir dessa "rodinha" que me prende num ciclo vicioso. Na redoma que me limita, fazendo-me demarcado. Marcado. Arranjarei um modo a partir do qual pararei de andar em círculos. Quando descobrir, desbravarei tudo em linha reta. Meu rumo será o alto. O cume da mais bela montanha. O ápice das mais distantes aspirações. A essência incólume da ascensão.