terça-feira, maio 31, 2011

Antes que chegue o FIM, o bizarro virou Moda


O ter em detrimento do ser. O ontem e o hoje. O moderno e o retrô. O certo e o errado. O que é permitido e o que é proibido. O que se aceita e o que se condena. Whatever!

Toda essa introdução só para anunciar que o Brasil, que já é respeitado mundialmente, iniciou esta semana (dia 30 para ser mais específico), mais uma de suas respeitadas semanas de moda. A Fashion Rio traz novidades nos desfiles, resgates de grifes antigas e lançamentos de novas marcas... Mas, a despeito de todas essas plumas e paetês, o que mais chama a atenção é a seleção de alguns modelos. Até ontem, nunca tinha ouvido falar em Andrej Pejic e Rick Genest – ainda que já os tivesse visto em diversos sites e catálogos. Curioso, fui pesquisar e ler sobre essas duas figuras. Ao fazê-lo, conclui: estamos, de fato, vivendo uma era pré-apocalíptica!

Andrej Pejic (que era uma menina em minha torpe concepção) nasceu em Tuzla, Bósnia-Herzegovina, e fugiu da região devastada pela guerra na década de noventa antes de se estabelecer como refugiado em Melbourne, na Austrália, com sua família. Depois de muito sofrer – tanto com a mudança de país, quanto com preconceito por conta da chamada androgenia –, ele ilustrou as edições japonesa, italiana, turca e francesa da Vogue. E o modelo, apesar disso, garante que não quer ser conhecido pela polêmica, mas como um símbolo da transformação nas imagens de moda, em que a diferença entre atitudes masculinas e femininas não importa tanto.






Com a estrutura óssea de Natasha Poly, os olhos de gato de Jessica Stam e o cabelo de Karolina Kurkova, o modelo de 19 anos vem ao desfilar no Rio de Janeiro, que também receberá a polêmica Lea T (que, se considerarmos os dois já citados menininhos, nem é tão polêmica assim) e, claro, Rick Genest, que abraçou, com força, a bizarrice! Ele, sabe-se lá Deus porque cargas d’água, resolveu tatuar seu corpo inteiro com as formas de um esqueleto... E, grotesco ou não, a atitude tem lhe proporcionado bastante trabalho e, por conseguinte, dinheiro. Além de desfilar para grandes grifes, Zombie Boy, como ficou conhecido no backstage, participou do comentado e milionário clipe Born This Way, da excêntrica Lady Gaga.






São por essas e outras que não me espantaria se uma chuva de fogo e enxofre, trazido por um dragão de sete cabeças, comesse a acontecer, anunciando, de vez, o chegada do Fim do Mundo.

NOTA: Todas as imagens foram retiradas do Google Imagens.

sábado, maio 21, 2011

Sem Sentido



O mundo ribombando lá fora, e eu mudo aqui dentro. Não menos agitado que o de costume, mas, ainda assim, quieto. Talvez por medo do amanhã, incerto. Talvez por pressa de querer que a incerteza passe logo. Talvez pelo logo, que vem depressa, e traz a incerteza.

O fato é que, por mais bagunçadas que as coisas estejam; por mais disformes que pareçam os sentimentos; nada mudou. Toda essa balbúrdia é, somente, para estabelecer novas regras; reajustar os ponteiros de um relógio atemporal, todavia funcional e cíclico.

Surpreendetemente, por maior e mais demorada que seja a bagunça, as peças sempre acabam se encaixando. É como se cada cantinho da sala do meu ser pudesse comportar os seus objetos convencionais, abrigar novos e, periodicamente, reajustá-los. Faz um pouco de barulho - e é exatamente por isso que é mais prudente o "calar-se". É no silêncio (ou naquilo que se entende por este) que as maiores revoluções acontecem. Sem grito. Sem sangue. Porém com dor, em quase todos os casos. Porque não dá para estruturar tudo sem que se perca partes.

Para ser franco, não sei sobre o que escrevo. Desconheço, de igual modo, a necessidade de que essas palavras, tão grotescas como o meu interior nesse momento, façam algum sentido. Elas só quem ser livres. Desprenderem-se, portanto, sem nenhuma obrigação com minha causa ou com o fato de que, de algum modo, surtirão efeito. Colateral. Cola. Late. Lateral.

quinta-feira, maio 19, 2011

Ela sabe quem manda


Para deixar os fãs e entusiastas na mesma posição, Beyoncé divulgou que seu novo disco vai se chamar “4”. O motivo? Muito simples: o número se tornou o seu favorito por ter sido o marco de momentos importantes de sua vida.

O primeiro single do novo álbum, “Run The World” – depois de todos os teasers estimulantes – já tem um clipe oficial, dirigido por Francis Lawrence. Na produção, a diva do R&B aparece mais magra e com figurinos que fazem jus à sua posição de destaque no universo da música. Com uma mensagem profundamente feminista, a cantora que introjeta Sasha Fierce aparece liderando um exército de mulheres, lindas e destemidas, que enfrenta um batalhão de homens fardados. A fotografia é, predominantemente, externa e consegue destacar, além de belos cenários, as curvas da estrela – alguns quilos mais magra – de cabelo louro e a pele clara. Esse aspecto permite inferir que a “revolução” que o vídeo anuncia é muito mais profunda, expansiva e subjetiva do que se pode supor. Como artifício, tem-se também os efeitos especiais (muito bons, cabe lembrar) envolvendo animais como o leão e as hienas, além da explosão cinematográfica do automóvel no deserto (quase uma marca registrada de Knowles, que já mandou para os ares carros, também, em “Crazy in Love” e “Diva”).

Abusada, a artista faz gesto obsceno na produção que, cabe lembrar, foi divulgada nesta quarta-feira, 18, e, em menos de 24 horas, ultrapassou a marca de 1.200.000 visualizações. Só mais um indício de que Beyoncé conquistou território a ponto de decidir que “manda no mundo”.  


quinta-feira, maio 05, 2011

A Fé segundo Lady Gaga



Depois de tantas especulações e do bom e velho "marketing boca-a-boca", Lady Gaga lança seu novo videoclipe. "Judas", que trás uma composição que afronta os cristãos, é surpreendente! Não porque é grotesco e cheio de uma fotografia viscosa ou "asquerosa" - como o foi no último "Born This Way" -, mas porque apresenta uma artista fora de seu "perfil comum".

No curta (que ainda não é oficial, pois segundo o portal E! Entertainment o mesmo terá 7 minutos), a loura aparece mais bonita, com um figurino menos excêntrico que o normal, cercada de bailarinos e atores bem produzidos. Toda a obra custou a bagatela de R$10.000.000,00 (isso mesmo, pasmem: dez milhões de dólares) e ainda deverá gerar muita discussão.

Talvez o mais impressionante com esse lançamento da estrela pop do momento seja o fato de a polêmica estar "embutida" de modo subjetivo... Todos esperavam uma "cutucada" na fé - o que acontece ferrenhamente na letra -, todavia a filmagem toma uma direção oposta (tirando, claro, o fato de que faz uso de símbolos e passagens bíblicas: como a coroa de espinhos, a figura de Maria Madalena, o beijo no rosto, a lavagem dos pés, etc.). Não endeusa o Mito, nem desmerece o traidor. Tudo de maneira bem sutil e, portanto, mais uma vez chocante, tal qual Gaga, e tudo o que ela faz, se propõe a ser na essência.

domingo, maio 01, 2011

Quem não procura, também acha!


Nós, humanos – mais na definição do que na essência, propriamente – temos a estranha mania de pedir demais; desejar com intensidade aquilo que é grande e, ainda que momentaneamente, distante… Com frequência, nos esquecemos de que, para conquistar, precisamos “andar junto”, de modo a tornar a jornada mais substancial e tangível.

Nós, limitados e finitos (por mais que não queiramos e/ou aceitemos tal condição), desconsideramos que, em meio a este universo em que o “querer o inalcançável” constitui-se nossa busca mais intensa e constante, às vezes conquistamos aquilo que não procurávamos – pelo menos não conscientemente – , mas era, em substância, aquilo que faltava.

Há dois anos – os dados podem variar alguns pontos percentuais para mais, e não para menos –, encontrei algo assim. Eu queria, a seguir, descrevê-lo de modo simples e direto, todavia não posso garantir que o conseguirei. Primeiro pela grandeza e agudeza de sua formação; depois pela genialidade e nobreza que o constituem…




Desde que esse ser engraçado e admiravelmente criativo apareceu muita coisa mudou… Os períodos e acontecimentos passaram a ser entendidos como “pré” e “pós” ele. E esse “antes” e “depois”, vez por outra, levam-me a reflexões intensas e profundas sobre quem eu era e o que quero ser, bem como os a serem meios adotados para tanto.

Ainda que calado (o que é raro de acontecer), esse indivíduo profusamente luminoso me ensina. É como se suas ações me desanuviassem os olhos; desembaçassem as ideias; clareasse os ideais. E por mais que ela não saiba – ou não queira – lidar com elogios (que nada mais são que a realidade dos fatos), não posso mais me calar; nem esconder dos outros alguém que é muito mais que um carinha interiorano, ainda perdido na busca de si mesmo, tamanha sua imensidão.

A proposta, aqui, não é emocionar, por meio de um texto – ou da reunião de frases incoesas e incoerentes – poetizado. Meu objetivo, desprovido de qualquer gana de ser admirado – embora isso muito me agrade – é só apresenta-lo como alguém de importância intraduzível (em qualquer idioma ou emoção), em sua totalidade, e salientar, oficialmente, minha gratidão a quem tornou o meu anseio em alcançar o sucesso e meus sonhos, distantes, em uma realidade muito mais constante e palpável.

Sabemos que isso não é tudo, mas tudo isso é o que, por ora, sabemos!

Obrigado, William Luz.