terça-feira, dezembro 15, 2009

Respeitável Público...

Caso fosse possível listar, em um ano, a quantidade de denúncias que estamparam as primeiras páginas de jornais, capas de revistas e sites, um trabalho extenuante, e possivelmente jocoso, far-se-ia necessário. Todavia, não é topicalizar os escândalos dos setores públicos e/ou privados que, aqui, constituir-se-á em notícia.

É indubitável que, embora indignado, os brasileiros – ou a grande maioria dos mesmos – tenham adotado uma postura passiva, na qual a omissão quanto ao ato de indignar-se tornou-se fator preponderante. A sensação perceptível é a de que, embora insatisfeitos, os cidadãos prefiram a conformidade à justiça. A demagogia à explanação daquilo que é verídico. E tudo coaduna para a formação e propagação de uma realidade misteriosa; pautada no cinismo ultrajante, que faz dos cenários social, político e econômico do Brasil um picadeiro sob os holofotes da impunidade.

Ao cruzar os braços, a sociedade brasileira reafirma a vertente que insinua sua “memória curta”. Evidencia que, apesar de honesta, é capaz de conviver, em silêncio, com a corrupção, o que traduz a sensibilidade ao conformismo frente a situações e acontecimentos ilegais. Como se fizesse necessário uma bofetada – tão agressiva e dolorosa quanto a que envolve os paraísos fiscais e o nepotismo. Capaz de, magistralmente, tirar a população nacional de tal modo do lugar-comum a ponto de fazer coexistir e repercutir a essência do Brasil.

Faz-se válido salientar que, ao se sugerir a disseminação dos valores brasileiros, a idéia não é suscitar as paixões febris inerentes à nação – estas já são, de maneira incomensurável, difundidas através do carnaval, futebol e Cia Ltda. A proposta, portanto, pulula no campo da prudência conscientizadora, habilidosa para combater o banditismo estridente que grita, mas muitos preferem fingir não o ouvir.

Em suma, verifica-se a necessidade de se fazer valer os direitos legais dos indivíduos. Cabe a estes, então, arrancar a lona que cobre o circo – não de comédia, no entanto de horrores – armado em mentiras que podam o aproveitamento dos benefícios que lhes são peculiares. Exigir punição e justiça, em alto e bom tom, comprovará a disponibilidade de enfrentar o árduo e penoso caminho rumo a um espetáculo moderno, ético e, por fim, de bom gosto.
"A política é um grande circo no qual a platéia, o povo, é que faz marabalismo e anda na corda bamba."
(Marques Magno Salustiano)

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Questão de Essência

Aquilo que era para ser escrito, por algum motivo que só as máquinas conseguem explicar, não foi aceito...

De tudo o que havia proposto, então, restam as palavras de um grande pensador...








"Cada vez que você faz uma opção está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes."

(C.S. Lewis)