sexta-feira, março 11, 2011

Não há centro se não houver lados...

"A amizade e o amor estimam-se como dois irmãos que têm uma herança a partilhar. 
                                                                                                             (Axel Oxenstiern)
            







Nós, centrados em nós mesmos como somos, às vezes nos esquecemos de que, sem outros seres (talvez até mais humanos), nada seríamos.

Eu tenho aliados insubstituíveis. Talentosos e lindos. Pessoas que causam orgulho; o tipo de gente que queremos sempre por perto. Alguns são de fora ou encontram-se distantes como as estrelas... Mas há aqueles que são nossos, desde que existimos – ou desde que eles passaram a existir.

O papo a seguir pode parecer “rasgação de seda” de irmão mais velho, todavia a verdade é que eu, metido a “escritor” como sempre fui, jamais reuni palavras para evidenciar o que representa e o que sinto por aquela que é um pedaço de mim... Tá, eu admito: na verdade, ela é a parte boa, evoluída e linda de mim. Menina de fibra e coragem. Determinada como uma águia que, ao longe, enxerga seu alvo e sabe bem como irá alcançá-lo. Uma ave robusta, sisuda, forte... Mas, nem por isso, menos delicada ou encantadora. Mesmo com todas as pauladas que tomou; ainda que predadores tenham, impiedosamente, acertado sua pele, ela venceu. Regenerou-se... Aprendeu. E não se cansa de ensinar... À sua maneira; sem, na maioria das vezes, abrir a boca.

Ela é uma gigante em corpo de anã. Eleva-se às alturas mais inimagináveis para que, de lá, seja observada (embora este não seja seu real objetivo). Nasceu para ser admirada, mesmo com toda a simplicidade que lhe é inerente. Minha cúmplice; conselheira; mandona e autoritária... A vozinha rouca, o cabelo negro (agora levemente platinado, de modo a mostrar, metaforicamente, que as “luzes” a seguem, ainda que a imensidão seja negra e má), a pele delicada... Tudo. Cada detalhe. Cada qualidade. Todos os defeitos. Um esboço daquilo que seria a perfeição, caso essa dádiva fosse concebida aos homens.

Foi por isso que, pensando, resolvi “sair do centro”. Ocupar os lados mais frágeis e tentar, a todo custo, jamais deixar quem realmente importa “cair”. Vacilar até vale – uns chacoalhões, de vez em quando, lembram-nos que estamos vivos e que a ação de viver requer, sempre, uma companhia. E eu? Mesmo tentando servir, agradar, bajular, paparicar, apreciar e mais um monte de verbo de primeira conjugação, com a definição positiva, como os já citados, sou o que mais ganha com isso tudo. Afinal, mais que uma amiga, tenho uma irmã. E não há variável (controlável ou não) que possa mudar esse delicioso fato.

Eu te amo, Tá!

6 comentários:

  1. Sem palavras, afinal elas estão embargadas por lágrimas. Apenas...

    Obrigada

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  2. Ele ficou com todo o TALENTO. Meu orgulho

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  3. Palavras não são nada, mana!

    Queria ver você resistir se pudesse compreender o que se passa aqui dentro...

    Por toda a eternidade!

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  4. P.S.: Talento, eu? Olhe para si, sua linda!

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  5. Eu te amo, Carol!

    Volte mais vezes aqui...

    =)

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