segunda-feira, abril 26, 2010

Em Sentido Oposto

Cansei de procurar me entender. Ainda assim, arrisco-me com essa tarefa em se tratando dos outros. Estes que, se importam quando precisam. Que escutam quando convêm. Que abraçam quando querem ajuda.

Não, isto não é sentimentalismo barato ou melancolia aguda. É denúncia de injustiça, apenas. Falta de coerência. Com as ações e as palavras proferidas.

Não quero mais esconder-me no recôndito do meu quarto. Não pretendo manter o grito preso na garganta. Mesmo assim, entre sair e ficar, vou apenas deixar a porta aberta. Entre berrar e calar-me, dar-me-ei o direito de falar, apenas, um pouco mais alto.

Não para o mundo. Mas apara mim mesmo: agente em potencial e tranformador desta incomensurável "Caixa de Pandora". Que, em vez de respeitar o seu espaço, te sufoca. Que se acostumou a não mais lhe oferecer novas propostas. Que pouco se importa com que rumo sua vida tomará. Mesmo assim, neste mar de individualismo, agirei pensando em mim e naqueles que me cercam. Por mais cara que seja esta ação. Por mais dissabores que possa me oferecer. Vou andar na contramão. E seguirei de bicicleta, que é para ocupar menor espaço e poluir menos. Avançarei sem me esbarrar em ninguém. Sem "arranhar a lataria" dos outros. Minha proposta inclui o não-incômodo ou desconforto alheio.

Só quero ser feliz. E que, em meio a este universo governado pelo inverídico, minha sensação seja uma estranha e esquecida realidade.

3 comentários:

  1. O seu sentido é o que leva ao que é bom, sem máscaras... É bom me espelhar em quem procura ser contrário àquilo que não cresce. Admiro e amo muito você. ♥

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  2. Nobre e gentil como uma princesa...

    Você, sim, é alguém em quem me espelho. Poderia segurar minha mão e me ajudar a atrevessar o caminho?

    Amo-te!

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  3. Ahh, isso me seria um presente de valor incalculáve. =]

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