Nota: a data do post é a que aparece para você, mas refleti sobre o tema no dia 27 de janeiro.
Esse caminhão entulhado de maus presságios estacionou em minha porta faz tempo. Ele vai embora, é verdade, mas com data marcada sempre volta para ocupar espaço. E para bem em frente à "área proibida". No entanto, os guardas e demais vigilantes parecem tirar férias quando tais irregularidades acontecem. O telefone para o guincho encontra-se sempre ocupado - e mesmo que não estivesse, eu não encontraria atendentes na linha.
A saída tem sido esperar. Sempre. Assim como veio, o "baú sobre 4 rodas" parte (só que em momento desconhecido). Meu desejo, no entanto, é que ele vá um pouco mais depressa esse ano. Sem levar muita coisa, além daquilo que realmente não presta; perdeu a utilidade, de algum modo. Espero que entenda, de uma vez por todas, que não estou pronto para ser transportado. Sou um móvel - embora imóvel - em bom estado de conservação. Talvez com as pernas por lixar e necessitando de uma boa mão de verniz, mas, ainda assim, útil.
Até que ele compreenda a mensagem, então, ficarei sob o amarelado lençol - que já fora branco numa outra era -, protegendo-me da poeira fina, comum a qualquer cotidiano, e de algumas outras mais possíveis intempéries.
Créditos: Imagem retirada do site www.deviantart.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário