“Pic... Pic... Pic...” É o som que fazem os pingos ao caírem da torneira mal fechada. Cada um cai de um jeito e com determinada intensidade e, juntos, formam uma pequena poça que, pesada, arrasta-se rumo ao íngreme caminho. Desliza... “Pic”... Para... “Pic”... Volta a escorrer... “Pic”... Devagar... “Pic”... Agora rápido... “Pic, pic, pic”...Um intervalo. Nada de pingos. Por dois ou três segundos, apenas. Eles recomeçam, só que agora de maneira mais intensa. O pequeno ajuntamento de água volta a jorrar em direção aos declives. Aqui. Ali. Acolá. Pra baixo, esquerda e direita, até encontrar o abismo que o seduzia; chamava-o; puxava-o; “pic”... Engolia-o. O ralo.
NOTA: Imagem retirada do www.deviantart.com
Ótimo! Ainda existe uma pequena multidão de homens loucos que sabem, mais do que ninguém, dizer tudo aquilo que são em algumas simples e poucas palavras.
ResponderExcluirÓtimo! Ainda existe uma pequena multidão de homens loucos que sabem, mais do que ninguém, dizer tudo aquilo pensam/acham/cogitam/imaginam em algumas simples e poucas palavras.
ResponderExcluirObrigado, Ti!
Acho esse texto fantástico, Du. Já tinha lido no seu perfil. Vc tem a manha em se tratando de onomatopéia...rss...(Eu sou um desastre!!! rsrs) Você consegue mesmo dar vida a essas palavras. E ainda assim, a poesia fica intacta e tocante.
ResponderExcluirMentir não vale, minha linda flor de lótus! (Rsrsrsrs...). Se há alguém com "o" dom aqui, trata-se da pessoa que postou o comentário acima. Ela é demais!
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