"Ou você faz por merecer, ou mereça, por aquilo que não faz.
terça-feira, novembro 02, 2010
Salve-me se puder
domingo, setembro 05, 2010
Sonhos de hoje: desilusões de amanhã
quinta-feira, julho 22, 2010
Ajuste o Passo
domingo, julho 18, 2010
É a Força que traz a Liberdade
É triste notar que as pessoas não se cansam de banalizar o amor. Em todas as esferas! Como feras, que só permanecem sossegadas até o momento de atacarem e ferirem a jugular de sua presa. Para muitos, esta é uma cadeia definitiva. Infinita. Pois, por mais que um dia seja possível esquecer o quanto doeu, a marca permanecerá ali, atormentadora.
sábado, julho 17, 2010
Quem Está no Centro, "Roda"
quarta-feira, julho 14, 2010
D'esperto
sábado, julho 10, 2010
PASSEIA-A
sexta-feira, julho 09, 2010
A Moeda Mágica
A moeda pareceu ofuscar-se em meio àquilo tudo. Ana Clara, por fim, inquiriu:
__O que foi? Não está preparada para conceder o simples pedido de uma pirralha?
A Moeda Mágica arrematou, num sussuro:
__Não estava. Onde é que fica a sorveteria mais próxima?
terça-feira, julho 06, 2010
O Mistério da Aurora (Parte III)
segunda-feira, julho 05, 2010
O Garoto que Não Tinha Quem Amar
Onde ela estaria? Com quem? Como seria? O que acharaia dele? Tantos passos a serem dados, entretanto não conseguia sair do lugar... Estudar grandes teóricos fazia-se tão menos complexo!
sábado, julho 03, 2010
Você Pode Tudo (inclusive responder por suas ações)
segunda-feira, junho 28, 2010
O Mistério da Aurora (Parte II)
Instintivamente, dei dois passos para trás. Encostei na máquina de lavar e lembrei que continuava de cueca branca, como costumava ficar sempre que ia dormir. A lavadora de roupas estava fria. Dei um leve salto e, dessa vez, o "sr. Todo Trabalhado no Luxo" gargalhou.
sexta-feira, junho 25, 2010
O Mistério da Aurora
segunda-feira, junho 21, 2010
Desde Quando
domingo, junho 13, 2010
Sem cortes, claquetes ou interrupções. Gravando!

sábado, junho 12, 2010
Eu sou o Tarzan. Sai pra lá, macaca Chita!
Céu aberto. Perigo à vista! É isso mesmo. E às vezes tudo o que resta é você. Sem ninguém. Onde tudo o que tem é o nada. O ermo. Não confie. Não ame. Não sonhe. Não crie expectativas. Deixe de existir! Porque esta será a única maneira de cultivar essa floresta de negações.
Sua boa vontade é como sapato de cristal em pé de gata borralheira - e quero ver conseguir se locomover neste chão castigado pela seca. Sua dedicação e preocupação são como carne nobre lançada aos animais. Seu espírito altruísta e boa vontade não passam de elementos desencantados, que não fazem mais o menor efeito.
Portanto, seja você. Apenas. Envolva a si próprio em seus sonhos. Suas emoções em seus textos. Seus desejos em cada ação que realizar. Mas se importe menos. Há pessoas que não merecem tanta atenção assim. Procuram-no por iteresse. Porque é cômodo tê-lo como aliado. Para aconselhar quando estiverem prestes a enfiar o pé na jaca. Quando a prova for difícil demais para seu cérebro de minhoca. Ou quando a apresentação em grupo for constragedora para sua dicção defeituosa e voz de taquara rachada...
Por mim, os bichos ficariam restritos aos zoológicos, às savanas e às matas que lhes são peculiar. Trazê-los para a domesticação dá um trabalho da moléstia. E já há muito sofrimento em jogo...
Quer saber? De agora em diante, terão de caçar sozinhos! Aventurem-se na "selva de pedras". Usem as garras. Enganem outras presas, predadores insaciáveis. Eu já estou precavido. Já aprontei as armadilhas. Carreguei meu rifle. Então é bom manter uma distância considerável. Não tenho MAIS medo de suas peripécias e macaquices!
quinta-feira, junho 03, 2010
Imper(hiper)ativo
Em câmera lenta. É assim que a gente costuma se sentir depois de horas a fio trabalhando. Após ter dedicado tempo e energia excessivos num projeto. Ao término do intento, é como se a vida passasse a discorrer mais de - va - gar! Sem nenhuma pressa ou ansiedade. Porque o seu corpo e mente pedem descanso. Não só para que se consiga relaxar, mas para que seja possível refletir a respeito de tudo quanto foi feito... Detalhes. Caretas. Medos. Risos. Silêncio.
É um corre-corre daqui; uma agitação de acolá. Senta. Levanta. Dorme pouco. Fica acordado até tarde. Passos largos. Mãos furiosas. Assim fica melhor. Aquela cor é mais agradável. A ideia não atende às nossas necessidades. Néscios. Idades.
Faça. Venda. Divulgue. Supere-se. Mostre. Impacte. Inove. Mude. Cuide. Veja. Reveja. Ouse. Ore. Creia. Faça crer. Comova. Surpeenda (se)... E não dá para ficar parado. Há muitos detalhes com os quais se preocupar. Há muitas minúcias que merecem atenção. Os textos precisam ser revisados. Os conceitos, revistos.
O prazo está prestes a expirar. A gente nem lembra de inspirar. Esquece-se de respirar. E apenas faz - ou tenta fazer. Acontecer. Num meio onde pouco importa o quê ou como se pensa. Onde suas propostas geralmente são rejeitadas. Para maior sinceridade, elas nem são lidas. Mas, ainda assim, avaliadas.
E então, quando as coisas se acalmam; quando sobram alguns valiosos segundos, a gente pode refletir. Não como agente. Mas como seres humanos. Que se tornaram hiperativos por conta do selva de imperativos. Que nos cutucam. Nos pirraçam. Nos podam. Cortam-nos pela raiz. Tudo para que geremos não o nosso, mas o fruto que eles almejam. No período e da meneira que esperam.
E se pode perceber, por fim, que tudo o que não se pode fazer é ficar parado. Mas decidir como e por que quer se movimentar. Idependemente do que seja imposto. Sem que se importe com o ritmo.
sábado, maio 29, 2010
As semanas, os meses, os anos...
Final de semana. Após várias semanas... De preocupações e planejamentos. De projetos e pesquisas. De sonhos, bobagens e fantasias.
Pode ser que um dia cada gota de suor derramado valha à pena. Quem sabe as lágrimas sensibilizem o destino e eu, enfim, conquiste tudo aquilo com que sonho. Alcance o prédio alto, após escalar pesadamente... Vai depender do tempo. Do otimismo. De mim mesmo. Que não tenho mais certeza de ser benquista. Que desconheço as pessoas. Que fraquejo, mesmo querendo ser o mais imponente de todos.
Parcialmente compreendido. Totalmente confuso.
Querer. Saber. Fazer. Conseguir. São verbos muito mais complexos que suas próprias conjugações. Com apenas uma pessoa. EU. No presente; passado. Futuro! Que nunca chega. Que de longe se mostra. Que me aguça os sentidos. E me faz instável. Quando, na verdade, tudo o que procuro é segurança. Verdade. Certeza.
Não só um dia. Não só por um momento. Mas todos os dias da semana. Em todas as semanas do ano!
sábado, maio 08, 2010
O que a Faz Minha Mãe
Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo. (Pearl S. Buck)
Eu não vou metaforizar sobre as flores. Nem mencionarei os corações. Nada de perfumes ou comparações com o mundo animal.
Ser mãe não é "padecer no paraíso", mas a prova de que este existe. Não de maneira perfeita, intacta, linda e imutável. Mas cheio de complicações. De altos e baixos. De diálogos imcompreendidos, que tornam o lugar muito aprazível em algo real, no qual se pode e se deve, de fato, acreditar.
Mainha tem um monte de defeitos. É tão nervosa que me faz ficar impaciente. Mas tão íntegra, a ponto de me deixar boquiaberto. Quando está insatisfeita, fala sem parar. Entretanto é atenciosa e preocupada. Não tem muitas ambições. Porém quer o sucesso absoluto de seus filhos. Fala alto, quando brava. Todavia acorda no meio da noite - mesmo nós não sendo mais crianças - para conferir se dormimos bem.
Não sei se ela é a melhor mãe do mundo. No entanto não tenho a menor dúvida de que seja uma das maiores (mesmo com sua baixa estatura). Sofre. Preocupa-se. Aconselha. Teme. Faz temer. Alguém que, mesmo longe de realizar seus mais modestos sonhos, não se cansa de alertar que, em breve, veremos grandes acontecimentos nos setores profissionais e pessoais de nossas vidas.
Francamente, não entendo como é que pode ser assim. Renunciar seus momentos e desejos em prol de outros. Que às vezes responde secamente. Fala de modo ríspido. Não auxilia nos afazeres.
Talvez seja este perfil pautado no incondicional que a enobreça. Que a enalteça. Que a faça mãe.
quinta-feira, maio 06, 2010
Curriculum Vitae

de mercado e proatividade é o traço mais marcante de meu perfil. Não
bebo. Não fumo. Não uso drogas. Enfim, não vivo! Dedico-me a conseguir
um emprego que preste. Reste. Este? Para
quem se interessa, de fato, segue o resumo de meus invejáveis diferenciais. Com toda a desenvoltura que me é peculiar, executo diversas ações, tais como:
Ler e escrever (fui alfabetizado desde muito cedo e tenho todos os dedos das mãos);
Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas (LEI DE GAGA = (RAH)² (AH)³ + RO (MA) + RO (MA)² + (GA)² + OOH(LA)² = Want your Bad Romance).
Interpretar (fiz teatro na Academia Brasileira de Dramaturgia);
Cidadão (voto desde os 16 anos e já fui mesário duas vezes);
Marionete, não (já basta o coitado do Pinóquio - Gepetto Maldoso);
Pesquisar e usar a informação adquirida (tem alguma dúvida? Jogue no Google para você ver!);
Saber planejar (desde de pequenininho que gosto de brincar de "Caça ao
Tesouro". Fazia planos tão completos, que nem eu conseguia encontrar o
"x" da questão);
Falar bem (afinal, no emprego não faltará quem falará mal);
Ter versatilidade (sou mais adaptável que um camaleão);
Falar melhor ainda ("MELHOR AINDA!");
Aprender sempre (até escovar cabelo eu sei);
Pensar acompanhado (pena que eu ainda esteja solteiro, ou melhor: disponível no mercado!);
Criatividade (é melhor aproveitarem, pois está quase acabando).
Duílio Castro
Graduando Desesperado em Comunicação Social
3255-2001
quinta-feira, abril 29, 2010
Em Cartaz
Talvez uma ultrapassada metáfora ainda chame a atenção de alguns leitores.
CENA I
FIM DO I ATO
segunda-feira, abril 26, 2010
Em Sentido Oposto
Não, isto não é sentimentalismo barato ou melancolia aguda. É denúncia de injustiça, apenas. Falta de coerência. Com as ações e as palavras proferidas.
Não quero mais esconder-me no recôndito do meu quarto. Não pretendo manter o grito preso na garganta. Mesmo assim, entre sair e ficar, vou apenas deixar a porta aberta. Entre berrar e calar-me, dar-me-ei o direito de falar, apenas, um pouco mais alto.
Não para o mundo. Mas apara mim mesmo: agente em potencial e tranformador desta incomensurável "Caixa de Pandora". Que, em vez de respeitar o seu espaço, te sufoca. Que se acostumou a não mais lhe oferecer novas propostas. Que pouco se importa com que rumo sua vida tomará. Mesmo assim, neste mar de individualismo, agirei pensando em mim e naqueles que me cercam. Por mais cara que seja esta ação. Por mais dissabores que possa me oferecer. Vou andar na contramão. E seguirei de bicicleta, que é para ocupar menor espaço e poluir menos. Avançarei sem me esbarrar em ninguém. Sem "arranhar a lataria" dos outros. Minha proposta inclui o não-incômodo ou desconforto alheio.
Só quero ser feliz. E que, em meio a este universo governado pelo inverídico, minha sensação seja uma estranha e esquecida realidade.
terça-feira, abril 13, 2010
Em Meio ao Meio
Metade de mim ambiciona o frescor; a outra deseja o ardor. Dor.
Metade de mim anseia pelos raios intensos do sol; a outra metade pede para que o tempo se feche em chumbo e frio. Rio.
Metade de mim acha que deve avançar; a outra entende que o despenhadeiro esteja logo à frente. Rente. Ente.
Metade de mim almeja metaforizar sobre a vida e as situaçãoes que a mesma oferece; a outra metade acredita que tudo o que é pensado ou escrito a respeito é piegas e obsoleto (inclusive estas duas últimas palavras) - silêncio.
Metade de mim preferiria sorrir sempre; mas é a metade do choro que predomina. Mina.
Metade de mim opta por admitir que haverá um futuro promissor; a outra sabe que são só suposições. Posições.
Metade de mim requer o coloquialismo; a outra metade determina que eu seja formal. Forma. Mal.
Metade de mim é abstrata; a outra é concreta. Reta.
Metade é criativa, ousada e inovadora; a outra fede a mofo e abriga traças. Raças.
Metade de mim quer sempre uma das metades; a outra metade, também. Amém!
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Nada de Super Poderes

segunda-feira, fevereiro 08, 2010
AOS AMIGOS BAIANOS: Jai, Lio, Lio Gaga, Jó, Tico, Vitão, Pê, Fofo, Bitinha, Lelly, Liginha, Grazi, Dan...
São tantos enredos! Incontáveis medos. Impenetráveis situações. Mas pensar que eles existem; que passam por momentos semelhantes é o mesmo que sentir quão bom é viver. Reviver. Rir. Ver.
Não! Definitivamente eu não seria o mesmo se eles não existissem. Se não fizessem de mim alguém supostamente "grande". Eu não teria gás para seguir em frente. Para mergulhar sempre mais fundo. Para ver os corais. Compor os corais. Enfrentar as corais. Pisar firme - ou mesmo nas cabeças das mesmas. Contra o chão. Este que me guia; que nos guia em direção aos declives. Por entre caminhos sinuosos. Pelas veredas inonstantes...
Meus amigos. "Meus caros amigos"! Como é boa esta sensação. De amar e ser amado. De chorar e ser consolado. De andar e saber que, no tempo certo, se chegará, portanto. Por tanto! Eu só agradeço. Amo. E me emociono, bobo. Desorientado. Mas sempre em movimento... Porque sei que há uma estrada para a partida, através da qual torna-se viável o retorno.
Eu tenho amigos que nem sabem que o são...
domingo, fevereiro 07, 2010
Faz-se Necessário um Pouco de Causticidade
Lastimável pensar que dedicam parte significativa de suas insignificantes vidas a falar mal do próximo - e do distante também. Destinam suas horas num negócio que favorece o ÓDIO. Afetam o EGO. Comprometem o CIO. Não o meu, mas o de vocês, animais, que, com suas ignoradas ações, salientam sua irracionalidade. E quer saber? Por vezes é bom - bom não, misericordioso - dedicar um espaço a esses pobres coitados que desonhecem a efemeridade da vida; que, com suas próprias e inabilidosas mãos, deixam a existência escoar, líquida e fria, por entre seus dedos. Estes que apontam as falhas de outrem para omitir suas ações malsucedidas. Os sonhos NUNCA alcançados. Suas más resoluções internas que se traduzem na maneira como conduzem seu modo de viver; de ver; dever. Verde. Musgo. Gosmento e frio, assim como o são, em essência. Sem ciência. Ou consciência de quem são ou do que fazem.
No fim, então, presumo que pouco - ou NADA - importa o julgamento/conceito/preceito/preconceito dos outros. Os seres são demasiadamente contraditórios e, portanto, torna-se inviável satisfazer suas necessidades. A mim basta ter em mente, com força e vigor, as vertentes daquilo que é autêntico e veraz.
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Ciclo Vicioso

Uma coisa é certa, portanto: este ano hei de descobrir uma maneira de me livrar dessa esteira em potencial que faz de mim um "ratinho de laboratório". Desses que ficam presos, esperando pela hora em que serão alvo de um experiência e, em seguida, descartados.
Encontrarei uma maneira de fugir dessa "rodinha" que me prende num ciclo vicioso. Na redoma que me limita, fazendo-me demarcado. Marcado. Arranjarei um modo a partir do qual pararei de andar em círculos. Quando descobrir, desbravarei tudo em linha reta. Meu rumo será o alto. O cume da mais bela montanha. O ápice das mais distantes aspirações. A essência incólume da ascensão.
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Sobre Uma Obra-Prima

"A noite abre as flores em segredo e deixa que o dia receba os agradecimentos."Pequenina, reluzia como a lua em meio aos cabelos negros que lembravam o anoitecer, batizado pela mansa voz, similar ao brilho das estrelas... Deus metaforizara a noite ao criar a imagem de alguém que é de tamanho incomensurável.(Rabindranath Tagore)
Parecia uma cena ilusória. Dessas que apenas os autores mais letrados são capazes de traduzir; que somente os enamorados pela vida estão aptos a descrever.
O pequeno ser, ainda que em silêncio, arrancava suspiros por onde quer que passasse. Tinha o dom de fazer calar a mais interessante e calorosa conversa com sua presença de espírito; com seu risinho contido e timidez exacerbada. Linda! Como as musas inspiradoras dos mais competentes poetas. Da mesma maneira que uma inesquecível mulher faz com os pintores; compositores; roteiristas... Ela nascera e isso fazia a existência parecer mais relevante. Atribuía consistência à amizade. Deixava a paleta colorida. Os pincéis febris por movimento. As telas sedentas pelas mais intenas pinceladas. Ainda que o quadro fosse um cenário noturno. Espetacular, entretanto. Misterioso. Encantador... Encanta. Canta. Dor! Por não a ter descoberto mais cedo. Pelo desprazer de não estar ao seu lado em épocas passadas. Porque se perdeu a chance de viver insondáveis outros melhores momentos. Contemplá-la, todavia, tornava tal fato menos penoso. Trazia a estranha sensação de congelamento do tempo; de "viver feliz para sempre". Sim, afinal estar ao seu lado era o mesmo que não se importar com a opinião alheia. Era esquecer do quão torto e individualista se é. Era extinguir os pecados - por mais imperdoáveis que, um dia, foram.
Houvera entardecido. E a mudança de uma parte do dia à outra tornava sua beleza mais interessante. Destacava sua magia. Evidenciava sua nobreza. Exclusividade da noite. Onde tudo é silêncio e as pessoas dormem. E enquanto elas sonham com reinos encantados e contos de fadas, um jovem privilegiado retrata em forma de arte a imagem daquela que, por mais que pareça que não, é real.
segunda-feira, janeiro 25, 2010
JUVENTUDE: a melhor marcha dessa moto veloz a que se chama de VIDA
Imagine o que acontece quando seis amigos inconseqüentes – dentre os quais cinco são mulheres – resolvem se aventurar, em motocicletas, rumo ao cerrado nordestino...
Sob um sol escaldante e serpenteando sobre duas rodas, eles se deslocam, nada uniformes, rumo a um ajuntamento de água que, pela escassez de chuva, a faz parada. Mas até que se chegue ao rio, eles sentem o vento na cara. Veem mosquitos vindo em direção aos capacetes. Perambulam, oscilantes, ora no asfalto, ora nas estradinhas disformes de areia. Estas, perspicazes, pregam peças em duas das aventureiras. A pilota bombeia e, num lapso de segundo, tem um espinho – relativamente grosso – cravado, com vigor, ao seu pescoço (sem se falar na poeira que subiu, nas pernas que se voltaram ao ar e nos arranhões incontáveis.) . Parece trágico, mas o sexteto fez graça do momento. Sorriu do intempérie que se apresentou como o ponto mais alto na teia de empecilhos que, antes de darem a partida, sobrepuseram-se aos seus caminhos. O desafio, uma vez lançado, deveria ser brilhantemente concluído (doesse em quem fora – mesmo que num deles próprios). E, insistentes, cada um destes inexperientes desbravadores definiram como meta seguir adiante – alguns nem tanto . Novamente puseram os motores para roncar, até que se refrescassem contra todo o ardor – tanto do sol escaldante quanto dos superficiais arranhões. ..
Ao chegar não permaneceram mais que vinte minutos. Todavia a sensação sobrepujante fora a de superação; satisfação; recompensa. Cada detalhe da façanha valera a pena. Restava-lhes, agora, somente voltar para casa, felizes e satisfeitos por esta situação que, definitivamente, os lembraram da doçura e intensidade que só pode ser explorada por aqueles que, de fato, são jovens.
"Se eu pudesse voltar à juventude, cometeria todos aqueles erros de novo. Só que mais cedo."
(Tallulah Bankhead)